sábado, 5 de janeiro de 2008

De volta!

Olá pessoal, ultimamente ando meio sem tempo e sabem como é? Pois sim!
Voltei a trabalhar numa TV, a pressão e a correria voltam a ser comuns pra mim. Mas tive uma ótima idéia, pretendo continuar escrevendo aqui e irei contar as histórias e causos que acontecem comigo e a equipe na emissora! Todo mundo concorda?

Let’s go!
Pensem numa coisa complicada é ser o “Master”. Calma, já vou explicar: Master é o nome dado ao cara que fica na mesa de corte controlando qual câmera vai pro ar e contar o tempo de cada bloco.
* na tevezinha que trabalho fazemos assim, se alguém q trabalha na área faz de maneira diferente avisa ai nos comentários.
Voltando... Fiquei algumas horas lá. Mas o que faço diariamente é gravar externa para um programa policial. É muito divertido pois o repoter que conduz as entrevistas é bem humorado. Alguém já viu o vídeo de Jeremias? Anham? Trabalhar em um programa policial é o mesmo que participar daquele vídeo, diariamente!!! Tem cada figura!
Tem várias histórias: de um incêndio q fui cobrir e quase morri queimado, tem também as histórias do Fabinho, um amigo cinegrafista que tem aversão a sangue. Breve conto aqui!

sábado, 1 de dezembro de 2007

Conto: Quem manda na sala é o professor...

Acordei tarde, nossa já estava bastante atrasado. Depois de um banho rápido, senti a água atingir a coxa enquanto pegava a toalha e corria para fora do box. Era aula de introdução à contabilidade, e estar atrasado significava morte, literalmente. Ônibus lotado, tudo isso destruía minha vida.
Na faculdade, sentei-me na ultimas cadeiras. Por sorte consegui chegar minutos antes do meu carrasco. Ele entrou com seu velho machado que ainda estava sujo sangue, colocou sua pasta sobre a mesa e gritou algo sobre um teste para a turma que o observava. As terças-feiras eram os dias do velho machado, carinhosamente apelidado de “o contador” anos de uso e fio afiado já havia mutilado milhares de universitários. Esse era o tratamento empregado aos pobres coitados do primeiro período de administração.
Enquanto repetia seu velho costume de amolar o machado, seus olhos verdes metralhavam a turma em busca da primeira vítima. Gélidos pela presença daquele paraibano de um metro e sessenta, os alunos apenas tremiam. Eu era um deles, não o olhava nos olhos, observava apenas seus sapatos de couro gastos e respingados de sangue. Na loteria universitária da morte, eu fui o ganhador (sic). Pela primeira vez olhei em seus olhos, mas apenas alguns milésimos de segundo e perceber uma pequena gota de suor surgir do seu cenho e escorregar até as bochechas. Pegou o machado e caminhou aos passos em minha direção. Eu tremia e minhas mãos suadas deixavam cair pela milionésima vez à caneta. Aproximou-se mais, estava tão perto, já podia ver o meu reflexo na lamina do machado.
- O que é um balaço patrimonial?
Era para mim aquela pergunta que veio como uma bala, não estava em nenhum filme de ficção, então dessa não me esquivaria. Mas não sabia qual a melhor resposta. Aquilo iria custar meu braço, talvez uma perna ou coisa bem pior. Criei coragem, enchi os pulmões de ar e falei:
- Não sei!
Dessa vez ele que estava tremendo, não esperava aquele nocaute. Sempre as machadadas contra os alunos foram resultados de respostas erradas, mas ninguém jamais se omitira a suas questões. Alguns cochichavam, outros vaiavam e ele parecia não estar ali. Sua face era de um demônio contrariado, rangia os dentes. E como um guerreiro vencido abaixou os ombros, deixando cair o machado. O contador caiu e ali no chão parecia inofensivo. O professor voltou para perto da sua mesa, pegou um pequeno revolver em sua bolsa e antes de colocá-lo na boca, a ocupou:
- Classe, o balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativa e qualitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade.
E apertou o gatilho. Seus miolos se espalharam por toda a lousa, já não se podia ver a demonstração de resultados. Um por um, os alunos saiam insatisfeitos, a prova seria na semana que vez, talvez isso fosse atrasar um pouco a formatura.

PS: Isso é uma obra de ficção, uma historia escrita por alguém que tem muito que fazer, mas não ta afim. Qualquer semelhança é mera coincidência.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Deixo vocês com um trecho do livro “o mundo de Sofia”


Estou tentando, digo tentando, pois tenho adiado essa leitura por alguns anos, espero termina-lo desta vez, mas ler esse livro dá uma sensação de enfado e fascínio.

"Sócrates, Sofia! Ainda não dissemos tudo o que queríamos sobre ele. O pouco que dissemos foi sobre o seu método. Mas como era o seu projeto filosófico?
Sócrates foi contemporâneo dos sofistas. Como eles, Sócrates também se ocupava das pessoas e da vida das pessoas, e não dos problemas dos filósofos naturais. Alguns séculos mais tarde, um filósofo romano – Cícero – disse que Sócrates havia trazido a filosofia do céu para a terra, transformado cidades e casas em sua morada e levado as pessoas a refletir sobre a vida e os costumes, sobre o bem e o mal.
Mas Sócrates diferia dos sofistas num ponto muito importante. Ele não se considerava um sofista, isto é, uma pessoa instruída, sábia. Ao contrário dos sofistas, ele não cobrava absolutamente nada por seus ensinamentos. Não, Sócrates se autodenominava filósofo, no sentido mais verdadeiro da palavra. Um “filo-sofo” é, na verdade, um “amante da sabedoria”, alguém cujo objetivo é chegar à sabedoria.
Você está bem acomodada, Sofia? É muito importante para o restante do curso que você entenda bem a diferença entre um sofista e um filósofo. Os sofistas cobram por suas exposições mirabolantes, e a história registra que tais “sofistas” têm aparecido e desaparecido com bastante freqüência. Estou pensando agora naqueles professores e nos sabichões que ou estão satisfeitos com o pouco que sabem, ou então vivem se gabando de que sabem um monte de coisas das quais na verdade não fazem a menor idéia. Você certamente já encontrou “sofistas” como esses em sua vida. Um verdadeiro filósofo, Sofia, é alguém completamente diferente; é o extremo oposto.
Um filósofo sabe muito bem que, no fundo, ele sabe muito pouco, justamente por isto ele vive tentando chegar ao verdadeiro conhecimento. Sócrates foi uma dessas raras pessoas. Ele sabia muito bem que nada sabia sobre a vida e o mundo. E agora é que vem o mais importante: o fato de saber tão pouco não o deixava em paz.
Um filósofo, portanto, é uma pessoa que reconhece que há muita coisa além do que ele pode entender e vive atormentado por isto. Desse ponto de vista, ele é mais inteligente do que todos que vivem se vangloriando de seus pretensos conhecimentos. “Mais inteligente é aquele que sabe que não sabe”, lembra-se? O próprio Sócrates dizia que a única coisa que sabia era que não sabia de nada. Grave bem esta afirmação, pois esta confissão é uma coisa rara mesmo entre os filósofos. Além disso, é tão perigoso fazer uma declaração dessas assim publicamente que ela pode lhe custar a vida. Os que questionam são sempre os mais perigosos. Responder não é perigoso. Uma única pergunta pode ser mais explosiva do que mil respostas."
Página 82

domingo, 11 de novembro de 2007

¿Por que no te callas?

Será que depois de tantas, o “pé no saco” do Hugo Chavez teve o que mereceu?

Levar um “cala boca” do rei Juan Carlos e uma lição de moral do presidente da Espanha na frente de toda Cúpula Ibero-Americana, foi suficiente?

Acredito que não e que esse maluco ainda deve aprontar muito levando a América latina a um mar de lama sem precedentes. Há quem acredite que entre os planos megalomaníacos de Chavez está a idéia de nos roubar a Amazônia.
No vídeo abaixo observem bem a cara que ele faz quando recebe o “¿Por que no te callas?”




E o lunático do Lula apenas sorri quando ele fala!





Cá entre nós, os discursos de Hugo Chavez não nos lembra outros comunistas daqui? Apenas questão de idioma.
Devemos entender a simples equação:
Socialismo + Poder = Fim da democracia.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

De vez em quando meus amigos teimam em me lembrar da minha mentalidade contraditória e alto nível de critica. E recentemente pensando nisso fiz uma arremedo de cópia dos pensamentos de Platão sobre a teoria das idéias.

Você me pergunta: que história é essa?

Platão acreditava numa realidade autônoma por trás do mundo dos sentidos. A esta realidade ele deu o nome de mundo das idéias. Nele estão as "imagens padrão", as imagens primordiais, eternas e imutáveis, que encontramos na natureza. E o que vemos é apenas uma pequena porcentagem dessas “idéias”.

Exemplo clássico é a alegoria da caverna que de forma resumida é assim:

Imaginemos um muro alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.

Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira.

Os prisioneiros julgam que essas sombras eram a realidade

Um dos prisioneiros decide abandonar essa condição e fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões. Aos poucos vai se movendo e avança na direção do muro e o escala, com dificuldade enfrenta os obstáculos que encontra e sai da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.

Mas o que eu ainda tenho haver com isso?

Perceba que aquilo que as pessoas fazem é apenas uma boa intenção baseada em suas idéia, talvez esteja interpretando erroneamente mas começo a ser mais compreensivo com os outros e entender: nada pode ser totalmente bem feito, mas não deixa de ser. Sempre haverá falhas e decepções.

Minha vida é simples, mas não é fácil...

Sei que parece discurso de punk pobre, mas sempre tenho que brigar para ter o quero, nunca recebi nada fácil.
Grana? Não sei o que isso faz tempo! Minha carteira só reconhece míseras notas de 1 real e moedas.
Carro? Sempre o emprestado do meu pai! Onde tenho que me virar pra conciliar meus compromissos com as vontades do velho Chico. Chico é o carro, mas meu pai também tem esse nome.
Meu patrimônio são dois contrabaixos: um Avalon seis cordas e outro fretless.
Meus genitores preocuparam-se em apenas me tirar da ignorância e mais nada. Sei que foi um esforço grande, mas vejo que ser jogador de futebol, pagodeiro analfabeto e Ex-bbb ta dando mais dinheiro do que qualquer faculdade.
Ufa... Atualizar esse blog é melhor do que terapia.
Termino com o famoso "Só sei que nada sei" como dizia sócrates ou lula?

Deus nos ajude.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Peter Pan ou Jekyll and Hide?


Não fui eu que parei no tempo, foram às pessoas q me rodeiam q evoluíram rápido demais... Vejo meus amigos todos casados e famílias, filhos, amores, ótimos empregos, carrões e eu na mesma vidinha de sempre! E me pergunto todos os dias, quando vai chegar minha vez de crescer? Virar gente e assumir responsabilidades...
Quando? Talvez seja demais pra mim, talvez seja disto que tenho fugido toda minha vida. Talvez todos os deveres de gente grande não cabem no meu estilo de vida. Talvez a criança peralta dentro de mim não cresça jamais. Talvez? É talvez! Quero assumir que não tenho medo de criticas, não minto, sempre choro quando me machucam, sou ingênuo, imaturo, fico feliz com coisas simples, adoro jujubas e sorvete de morango (só falta dizer que ainda faço pipi na cama... Mas isso seria demais!) Quer dizer que não cresci e nem penso nisso, não quero me tornar parecido com os chatos que meus antigos amigos, entretanto sinto que parte de mim é velha e esquizofrênica... Mas essa parte eu a tranco aqui dentro, tenho vergonha de sair com ela e definitivamente não combina com o personagem que criei quando nasci!Enfim, essa é minha batalha diária...

Um quer sair para crescer, mas a criança sempre esconde as chaves da porta...